ALFREDO DI STEFANO - O PAPA TITULOS DA DECADA DE 40 E 50

Essa foi a foto que eu editei pra colocar no blog:



Ficha:

Nome: Alfredo Stéfano Di Stéfano Laulhé
Nacionalidade: Espanha
Nascimento: 1926-07-04 (83 anos)
Naturalidade: Buenos Aires - Argentina
Posição: Avançado
Altura: 178 cm
Peso: 69 kg
Prêmios: Bola de Ouro France Football 1956 (2º), 1957 (1º), 1959 (1º)


Biografia:


Alfredo di Stéfano
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Alfredo di Stéfano Laulhé (Buenos Aires, 4 de Julho de 1926) é um ex-futebolista argentino, que, além de ter jogado pelo país natal, jogou também pela Colômbia e pela Espanha.
Di Stéfano foi um jogador brilhante, um dos melhores de todos os tempos. É o presidente honorário do Real Madrid, clube cuja história de sucesso confunde-se com a dele: foi com ele em campo que o Real tornou-se o maior vencedor da cidade de Madrid, da Espanha e da Europa. Foi responsável também por alimentar a rivalidade com o Barcelona, até então inexpressiva.
Não são poucos, especialmente argentinos e espanhóis, que o consideram o melhor jogador do século XX, à frente de Pelé e Diego Maradona. Pelo próprio Maradona, curiosamente ex-jogador dos rivais Boca Juniors e Barcelona, já foi considerado o melhor. Opiniões semelhantes têm aqueles que foram seus adversários contumazes: Joaquín Peiró, que jogava pelo Atlético de Madrid, afirmou: "Para mim, o número 1 é Di Stéfano. Aqueles que o viram, viram. Aqueles que não o viram, perderam". Helenio Herrera, técnico do Barcelona, declarou que "se Pelé foi o violinista principal, Di Stéfano foi a orquestra inteira".
Gianni Rivera e Bobby Charlton, que no início de suas carreiras enfrentaram (e perderam) por seus respectivos clubes (Milan e Manchester United) para La Saeta Rubia e o Real Madrid na Copa dos Campeões da UEFA, nos anos 50, disseram respectivamente que "ele nos enlouqueceu" e "foi o jogador mais inteligente que vi jogar e transpirava esforço e coragem. Foi um líder inspirador e um exemplo perfeito para os outros jogadores".
Desnecessário afirmar a opinião de madridistas exaltados: "Ele fez a Espanha torcer pelo Real Madrid. E também foi ele que levou o nome do clube além das fronteiras", disse o presidente Ramón Calderón. O editor de esportes do As, jornal favorável ao clube, falou que "Para as crianças dos anos 50, Di Stéfano era, acima de tudo, o som da vitória que se ouvia nas rádios, seu nome ecoava como uma batida do coração associada sempre a uma sensação de vitória, transportando-nos ao Parc des Princes, San Siro ou Hampden Park. Para Emilio Butragueño, ex-jogador e atualmente membro da diretoria, "a história do Real Madrid começa de fato com a vinda de Di Stéfano".

Stéfano, contudo, prefere desvencilhar-se da polêmica; ele diz que, para ele, o melhor jogador foi Adolfo Pedernera, astro do River Plate nos anos 40.

Carreira em clubes

América do Sul

Quando criança, curiosamente, não se imaginava como jogador de futebol, preferindo a carreira de aviador, apesar dos incentivos do pai. Só começou a gostar do jogo após marcar três gols quando, aos 17 anos, foi chamado às pressas para completar o time do bairro. Um outro acaso lhe destinou a seu primeiro clube, o River Plate, onde já havia jogado seu pai.
Foi levado à equipe por um ex-jogador desta que, em visita casual em sua casa, ouviu da mãe de Di Stéfano que o garoto tinha talento. Debutou pelo River em 1945, quando o clube possuía um esquadrão conhecido como La Máquina com, além de Pedernera, Juan Carlos Muñoz, José Manuel Moreno, Ángel Labruna e Félix Lostau, conquistando o campeonato argentino do ano.
Porém, sem espaço, acabou emprestado por um ano ao Huracán, onde fixa-se como centroavante e marca onze gols, logo sendo trazido de volta pelo River um ano depois, em 1947. O dia de sua estreia é apontado por ele como o melhor de sua carreira, trazendo sempre no bolso um pequeno distintivo gravado com a inscrição "River Plate-San Lorenzo de Almagro, 1947". Marcou 27 gols em sua volta, conduzindo o clube a novo título no campeonato argentino, o primeiro de Di Stéfano como membro efetivo no grupo Suas atuações em 1947 lhe levariam naquele ano à Seleção Argentina.


Após duas temporadas sem conquistar títulos, entretanto, trocou os Millonarios, como também era conhecido o River, por um clube homônimo ao apelido. O Millonarios, da liga colombiana que havia sido banida pela FIFA, lhe ofercera proposta bastante tentadora financeiramente. Chegou ao clube de Bogotá em 1949 juntamente com o ídolo Pedernera e seu ex-colega de River Néstor Rossi e logo foi campeão do campeonato colombiano, que conquistaria ainda em 1951 e 1953, integrando o chamado Ballet Azul. No mesmo ano de sua chegada, é chamado também para defender a Seleção Colombiana.
Na Colômbia, aprimorava-se como jogador, passando também a defender e passar a bola com maestria. As atuações pelos Millonarios incluíam vários amistoso bem pagos pelo mundo. Em um deles, em 1953, contra o Real Madrid, foi um dos grandes destaques da partida e imediatamente contratado pelo Barcelona, outra equipe espanhola.

Real Madrid

O clube catalão o negociara com o clube que oficialmente detinha de seu passe, o River Plate. Di Stéfano já havia participado de três amistosos pelo Barcelona quando o Real Madrid entrou na disputa por ele. O clube da capital falara diretamente com o Millonarios e passou a considerar-se também dono da joia rara. O ministro dos esportes, General Moscardo, apresentou sua solução: o argentino faria temporadas alternadas por cada equipe por quatro anos - começando pelo Real. O acordo foi rejeitado pelo Barça, e Di Stéfano acabaria ficando no Real.
A polêmica mudança dele para o Real fez o Barcelona sentir-se traído. A rivalidade entre as duas equipes, até então irrisória - outros ex-jogadores do clube, como Ricard Zamora e Josep Samitier, já haviam jogado sem problemas na equipe madrilenha nos anos 30 -, começaria aí, aumentando com o passar dos anos devido às conquistas em série que o Real conseguiria com ele liderando o clube em campo. Antes de Di Stéfano chegar, o clube da capital não era o maior vencedor do país, nem mesmo da cidade: tinha dois títulos no campeonato espanhol, mas conquistados havia mais de vinte anos. No momento, o Barcelona (seis), Atlético Bilbao (cinco), Atlético de Madrid (quatro) e Valencia (três) possuíam mais conquistas em La Liga.
Pois com Di Stéfano em sua primeira temporada, o Real conquistaria seu terceiro título, muito por conta dos 29 gols que deram a artilharia do torneio ao argentino. Um bicampeonato seguido viria na segunda temporada. Este título credenciou o Real Madrid a ser o primeiro representante da Espanha na Copa dos Campeões da UEFA, que teria sua primeira edição na temporada europeia de 1955/56. Nesta temporada, os merengues perderiam o título espanhol para o Atlético Bilbao, mas com ele faturando novamente a artilharia e, o mais importante, com os blancos conquistando a primeira edição do torneio. A vitória na final foi sobre a equipe francesa do Stade de Reims. Di Stéfano marcou um dos gols, diminuindo momentaneamente a vitória parcial do adversário para 2 x 1, com menos de quinze minutos de jogo. A taça viria para a Espanha após o time vencer de virada por 4 x 3. Também para a sede de clube viria um jogador adversário, Raymond Kopa, contratado após a partida.
A linha ofensiva com seu compatriota Héctor Rial, Kopa e o ponta da Seleção Espanhola Francisco Gento daria frutos na temporada 1956/57, com o Real vencendo novamente o Espanhol (com Di Stéfano novamente na artilharia) e conseguindo um bi na Copa dos Campeões. Di Stéfano e Gento marcaram uma vez cada nos 2 x 0 sobre a Fiorentina. Naquela temporada, ele passaria a defender a Seleção Espanhola, como Rial já vinha fazendo. A temporada que se seguiu viu o Real igualar-se a Barcelona e Atlético Bilbao como o maior vencedor da Liga Espanhola e com Di Stéfano novamente artilheiro dela. A continuação houve também na Copa dos Campeões: pela terceira vez seguida, a taça veio para o Real após vitória apertado 3 x 2 (com ele marcando o primeiro gol merengue) sobre o Milan, que contava com jogadores consagrados como Nils Liedholm e Juan Alberto Schiaffino.
Se as duas temporadas seguintes viram o Barcelona retomar por um tempo a dianteira na Liga, conquistada pelo clube em ambas, elas também viram o Real continuar sua dominação continental. Na primeira, com Di Stéfano novamente artilheiro do Espanhol, o troféu foi levantado após nova vitória, agora por 2 x 0, na final sobre o Stade de Reims, com ele marcando o segundo gol. A segunda seria a mais memorável: primeiro, por um time contar pela primeira vez com o astro Ferenc Puskás. Segundo, por ter eliminado nas semifinais seu novo rival, o Barcelona, com duas vitórias por 3 x 1 em que Di Stéfano marcou duas vezes em cada. Terceiro, pela atuação magistral do argentino e do húngaro na final. A dor de cotovelo dos barcelonistas aumentava cada vez mais: o sucesso do Real pela Europa era usado a favor da ditadura de Francisco Franco, torcedor do clube e cujo governo fazia opressão oficial à manifestações culturais consideradas como "não-espanholas" - dentre elas, a catalã, a quem o Barcelona representava.
A segunda decisão terminou em um 7 x 3 sobre o Eintracht Frankfurt, com La Saeta Rubia marcando três e Puskás, os outros quatro. A final foi na Escócia, e a performance foi descrita pelo jornal britânico The Guardian como "Fonteyn e Nureyev, Bob Dylan no Albert Hall, a primeira noite de Sagração da Primavera, Olivier no seu auge, o Armoury Show e a Ópera de Sydney, tudo isso em um só evento". Os anos de ouro no cenário internacional terminariam na década com o Real faturando também a primeira Copa Intercontinental, com vitória de 5 x 1 sobre o Peñarol. Em menos de dez minutos, ele já havia marcado uma vez, e Puskás, duas.
Os anos 60 vieram com o clube recebendo o troco do Barcelona na Copa dos Campeões, com os rivais os eliminando na primeira fase do torneio. Isso foi posto de lado com o Real iniciando a série de títulos na Liga Espanhola que o fariam ultrapassar o rival e tornar-se o maior vencedor do campeonato. Após conquistar cinco títulos continentais seguidos, o Real levantaria o Espanhol também cinco vezes seguidas entre 1961 e 1965. A última delas já foi sem ele no elenco: já sem os mesmo números de artilheiro, Di Stéfano deixou em 1964 o clube cuja história mudara, insatisfeito após ser deixado no banco de reservas depois que o clube perdeu a final da Copa dos Campeões (quando voltava a chegar à decisão do torneio) para a Internazionale.
Saiu do Real, mas não deixou de continuar como "inimigo" do Barcelona, até porque transferira-se para o outro rival deste, o Español, clube da cidade de Barcelona que tinha imagem de associado ao poder de Madrid. No Español jogou duas temporadas até encerrar a carreira, aos 40 anos, com, além de todos os troféus, mais de 800 gols marcados. Após aposentar-se, retribuiu o objeto que lhe deu tudo na vida: construi a estátua de uma bola em sua casa com a inscrição Gracias, vieja! ("obrigado, velha!").

Seleção(ões)

Di Stéfano é um dos maiores "ciganos" do futebol, sendo um dos poucos a ter defendido três países diferentes. Por seu país natal, jogou pouco: foram seis partidas, todas no ano de 1947, quando ele explodiu no River Plate. Ainda assim, marcou seis gols e conquistou o Campeonato Sul-Americano (precursor da Copa América) de Seleções. Pela Colômbia, estreou logo no ano de sua chegada ao país, em 1949, realizando suas quatro partidas pela Seleção Colombiana nesse ano, sem marcar. Os dois países, entretanto, não participaram das Eliminatórias para as Copas do Mundo de 1950 e Copa do Mundo de 1954.
Pela Espanha, estreou em 1957 e até 1961, quando faria seu último jogo, entraria em campo 31 vezes, marcando 23. Ainda assim, traria a frustração de não disputar Copas: nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1958, os espanhóis eram os favoritos para se classificarem no grupo que formavam com Escócia e Suíça. Dois resultados ruins nos dois primeiros jogos acabariam comprometendo a classifação: a Furia empatou em casa com os suíços e perdeu por 2 x 4 para os britânicos fora. Mesmo vencendo ambos por 4 x 1 nos dois jogos seguintes, acabariam ficando um ponto atrás dos escoceses, que ficaram com a vaga.
Ele teria sua oportunidade no mundial de 1962. Já jogava ao lado de Puskás também na Seleção Espanhola. Entretanto, chegou ao Chile lesionado. Só teria condições de jogo a partir da segunda fase. A Espanha chegou à última rodada da primeira fase para decidir a vaga com Brasil, que acabou vencendo e eliminando prematuramente os espanhóis - e deixando Di Stéfano sem o gosto de jogar uma Copa.
Ainda assim, seria eleito o melhor jogador da Espanha nos Prêmios do Jubileu da UEFA, nas comemorações dos 50 anos da entidade.

Treinador

Após um ano aposentado, treinou pela primeira vez uma equipe, o pequeno Elche. Ele, ídolo do River Plate, conquistaria seu primeiro título na nova função ironicamente comandando o arquirrival Boca Juniors no campeonato argentino de 1970. Seria campeão nacional novamente na temporada seguinte, agora na liga espanhola, pelo Valencia, onde teve mais sucesso: em outra passagem na equipe, levantaria a Recopa Europeia e a Supercopa Europeia em 1980.
Voltou ao River Plate em 1981 e na sua ex-equipe também conquistou um título argentino. Dividiu o restante dos anos 80 como treinador entre o Valencia e o Real Madrid, fazendo sucesso razoável. Deixou definitivamente o cargo após ganhar a Supercopa da Espanha, em 1991.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Voce tamb�m pode gostar de:

Related Posts with Thumbnails